27 novembro 2005

 

Christiane F.

Christiane F. (sim, a drogada e prostituída) não morreu, ao contrário do que eu pensava que tinha ouvido falar. Hoje ela tem 43 anos, não usa mais drogas desde que o filho (ou filha? cada um diz uma coisa) nasceu, em 1996 e mora em Berlim com ele(a). Detlev, o namorado dela na adolescência, não usa drogas desde 1980 e virou motorista de ônibus.

Recomendo o livro. O filme eu não vi.

21 novembro 2005

 

Sem noção

Ah, esse tal Orkut...

"Esperando alguém realmente interessado em um debate sobre os dodôs e moas gigantes..."

O amigo dodô eu até conheço, mas não tinha idéia da cara de uma moa gigante.

20 novembro 2005

 

Para não morrer de fome

Serviço de utilidade pública: sardinha em lata, quando a lata não tem argolas nem firulas do tipo, se abre com abridor de latas mesmo. Pode abrir e comer tudo, inclusive as espinhas (segundo me disseram), mesmo quando é a sardinha inteira. Baratas, pregos e dedos recomenda-se jogar fora; estão lá só pra dar sabor.

As espinhas eu não tive coragem. Tenho medo de mortes estúpidas, já que estou sozinho aqui, caso eu precise. Não quero aparecer no jornal em notícias do tipo "Estudante morre trocando resistência de chuveiro" ou então "Jovem morre sufocado com sardinha". Obrigado, mas não, obrigado.

19 novembro 2005

 

Variedades

É incrível a capacidade de renovação (ou de reciclagem) que os spammers mostram. Vocês já devem conhecer a pirâmide dê-um-real-para-seis-pessoas e fique rico. Pois é, agora é um "Programa de ajuda mútua entre cristãos". Acho incrível a capacidade de algumas pessoas de achar que todo mundo pode se beneficiar de um esquema em que não se produz nada, só se transfere dinheiro.



O que será dos posts desse blog daqui a 100, 200, 500 anos? O que será de todo o material que está na internet, nos discos e nos CDs? Podemos ler registros de milênios de idade, mas será que conseguirão ler o que a gente escreve hoje em dia? Acho que na 4ª guerra mundial, além de paus e pedras, usarão CDs e discos rígidos.



Parece que o programa para sábado à noite da família campineira é fazer compras no mercado.

16 novembro 2005

 

Profissão

História real:

"Um homem de 34 anos de Sacramento, California, oferece o reparo de computadores em troca de sexo, e garante: está obtendo retorno."

E eu cheguei a pensar que estava na profissão errada. É tudo uma questão de encontrar um bom modelo de negócio.

11 novembro 2005

 

Metatexto

Escrever é um meio, não um fim. As pessoas escrevem porque querem "dizer" alguma coisa. As pessoas lêem porque querem "ouvir" alguma coisa. O texto é apenas uma das formas possíveis de comunicação. Não existe "relação entre o texto e o leitor". Não depois das primeiras frases (a não ser que o texto seja muito ruim). Logo que começa a ler o leitor passa a se comunicar com o autor e o texto fica invisível. Some. Desaparece. O texto não existe.



Vejam o que eu recebi no spam de hoje:


Errado! É abrindo/executando um arquivo que ele pode fazer coisas malvadas no seu computador. Só abra arquivos de quem você conhece.

09 novembro 2005

 

Quem tem boca...

A televisão (assim como o rádio) é um meio de comunicação em massa em que poucos falam para muitos, como se diz. São símbolos do século 20. Os discursos dos ditadores na década de 30, dos políticos na 2ª Guerra, o homem na Lua, as Copas do Mundo ao vivo, massacres, guerras e acordos de paz.

Email, IRC, fórum de discussão, chat, ICQ, MSN, mensagem de celular, blogs, Gaim, Orkut, Google Talk... numa época em que se esperava que todo mundo tivesse o seu carro voador e seu videofone, essas tecnologias ajudaram a ressuscitar o caquético hábito de escrever. As pessoas gostam de se comunicar, precisam disso, e coisas como a internet são um grande avanço. Diferente de antes (e pela primeira vez), falar é quase tão fácil e barato quanto ouvir, principalmente para muita gente ou com quem está do outro lado do mundo.

Só que ainda estamos falando escrevendo, porque falar falando, ou melhor ainda, olhando, ainda é muito caro. Não por muito tempo, pelo que parece. Com a popularização da banda larga, fica cada vez mais fácil ter conversas com voz ou vídeo, como já pode ser feito (ainda mal e porcamente) com muitos dos programas que já existem. Já dá para fazer ligações pela internet para telefones comuns. Esse tipo de coisa vai ficar tão comum que não vai fazer muita diferença digitar uma mensagem ou mandar logo uma mensagem com voz e vídeo.

Será que abandonaremos o hábito de escrever tão rápido como o resgatamos? Conversar usando só texto é prático. A aparência não importa, podemos ser qualquer coisa e temos muito mais tempo para pensar em como continuar uma conversa. O tempo naturalmente se alonga, desacelera. Não esperamos que a pessoa responda na hora (por mais irritante que isso possa ser, às vezes).

Por outro lado, se limitar à escrita tem suas desvantagens. Não podemos saber quem está do outro lado, o que está fazendo, que cara fez quando leu o que você escreveu. Fica muito fácil inventar pessoas, e essas pessoas sempre são exatamente do jeito que a gente quer (que coincidência...). Se a conversa é "ao vivo", não saber digitar (ou pelo menos datilografar) pode atrapalhar. Não poder digitar (leia-se LER, DORT e outras siglas bisonhas) passa a ser uma grande limitação.

Tem coisas que só da para dizer falando e mostrando de verdade, não tem texto que expresse. É por isso que, sempre que der, as pessoas vão preferir se comunicar com voz e vídeo. É claro que aos poucos se aprende a aproveitar as vantagens de cada meio. Ninguém vai mandar uma mensagem de vídeo para o chefe, dizendo que está doente, com direito a som de gaivotas, um mar ensolarado no fundo e um sujeito gritando "Olha o milho, olha o miiilho!". As pessoas vão aproveitar esse grande poder de comunicação para se expressar, como já fazem com os blogs, os flogs e, mais recentemente, os blogs com vídeo (videologs? vlogs?).

Todo mundo vai poder criar o seu próprio conteúdo, seu livro, sua música, seu filme, e todo mundo vai poder ver, por mais tosco que seja. Mais ainda, as pessoas vão poder acessar tudo isso de graça, porque o custo de copiar uma música ou um vídeo é próximo de zero. As proteções contra reprodução ou cópia não autorizadas não vão adiantar muito, porque tudo o que pode ser tocado, ouvido ou assistido pode ser copiado.

Não é a toa que as ditaduras e as grandes distribuidoras de mídia estejam se pelando. Se eu trabalhasse num negócio fadado à falência, também me preocuparia.



Ao som de Wonderwall, versão de Ryan Adams, da trilha de O.C.

07 novembro 2005

 

[ponha seu título aqui]

Hoje eu fui numa aula aberta de Krav Magá, numa academia aqui de Campinas. Como eu nunca tinha ido praqueles lados da cidade, estudei o caminho no mapa (lembrando das minhas experiências tentando chegar ao Shopping Dom Pedro).

Peguei uma entrada antes da certa mas acabei encontrando o Shopping Iguatemi, que é perto (pero no mucho). Deixei o carro no estacionamento e fui ver se encontrava a tal academia a pé. Felizmente, o destino jogou um motorista de táxi no meu caminho, e ele me explicou como chegar na rua que eu tava procurando. Voltei ao shopping, paguei o estacionamento, peguei o carro e fui até a saída. Passei da saída, encontrei outra entrada e como não consegui voltar, entrei de novo no estacionamento. Deixei o carro, paguei o estacionamento e tentei de novo.

Depois de conseguir sair do estacionamento, segui o caminho explicado pelo taxista. Passei do ponto em que eu tinha que fazer o retorno, e resolvi parar pra pedir informação. O destino me ajudou de novo e encontrei um casal numa locadora (aquela em que os atendentes adolescentes não tinham a menor idéia do que eu tava falando) que soube me dizer que eu já estava quase na rua da academia.

Cheguei lá já eram 20:02 (a aula começou às 20 – só deu tempo de trocar a camiseta). Pra resumir, a sala é pequena, mas dá pro gasto. Pelo menos tem tatame (o que já é um grande avanço), mas não tem tapume (que pena). O instrutor se formou a pouco tempo, é bem técnico, sem puxar tanto na parte física. Não sabe contar, como todos os outros instrutores ("...3, 4, 5, 6, 8, 1..."). Foi bom pra matar a saudade e desestressar um pouco; pena que ainda vai demorar um pouco pra ter aula nos dias em que eu posso ir.

Ah, pra voltar foi tranquilo. Contei 40km, ida e volta.



Hoje teve palestra, aqui na Unicamp, do Leslie Lamport, criador do LaTeX e famoso pelo seu trabalho em relógios lógicos. Eu quase fui, mas não encontrei o lugar da palestra a tempo...

No MSN:

vc foi na palestra do tal cara?

fui
legal ateh
o kra queria vender o livro neh
da lingaguem q ele inventou sobre especificação matematica de software

aahhh, q tipo
bom, o cara tem q comer tbm...

auhauhuahuaha
bixo ele eh funcionario da microsoft
eh tem um pinto de 1 metro na computação

eu vi

isso mole

ahauahuahaua

vc acha q ele precisa disso para comer?

hauahau, realmente...

Realmente...

 

Cão de Briga

Filme da semana: Cão de Briga, com Jet Li e Morgan Freeman (!).

Não se deixe enganar pelo Morgan: é um filme de luta com pretensões de comédia-dramática.

"Cão de Briga tem a mais longa e mais brutal sequência de ação já rodada até então por Jet Li."

Amém!

04 novembro 2005

 

Coisa triste

Na novela, agora a pouco:

"Tem que ser antes das 9, porque amanhã estréia uma novela nova, belíssima."

"Essa é a minha Ra...íssa!"

Que coisa triste.

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