caso especial

(Essa é uma adaptação de um post que eu fiz numa discussão sobre liberdade de expressão em alguma comunidade do Orkut.)

Está claro que existem idéias "ruins" com as quais nós não concordamos, e nós não queremos que essas idéias se espalhem.

Nós concordamos que se alguém é exposto fortemente a essas idéias e a nenhuma outra, essa pessoa tende a assimilar essas idéias "ruins".

Existem duas coisas a se considerar sobre isso, independente do que se faça:

• Pessoas têm novas idéias a todo momento, algumas originais e outras repetidas. Qualquer opção para acabar com idéias "ruins" é eterna. Não existe isso de limpar a sociedade e achar que as idéias "ruins" não voltarão mais.
• Diferenciar uma idéia "boa" de uma "ruim" sempre vai deixar algumas idéias "ruins" serem vistas como "boas" e idéias "boas" serem vistas como "ruins". Não tem como ser 100% preciso.

Na opinião de muita gente, a melhor forma de evitar que as idéias "ruins" se espalhem é impedir que as pessoas entrem em contato com elas. Eliminam-se as idéias "ruins" e só sobram as "boas". Uma criança não estaria em perigo, já que mesmo sem a ajuda da família ou da escola ela só teria acesso às idéias "boas". É uma forma de resolver o problema.

Eu vejo essas desvantagens nessa solução:

• É praticamente impossível vigiar todas as trocas de idéias (televisão, rádio, internet, livros, conversas dentro da sua casa, etc.) para cortar as idéias "ruins".
• É preciso impor a sua visão de mundo para todas as pessoas. Cada pessoa vê as idéias de forma diferente, mas para essa solução funcionar todas as idéias "ruins" têm que ser proibidas, não interessa quem as tenha ou as expresse.

Na minha opinião, a melhor forma de evitar que as idéias "ruins" se espalhem é oferecer para todo mundo idéias "boas", melhores que as ruins. Assim, as pessoas podem comparar as idéias e escolher a melhor delas (no caso a nossa, já que é "boa"). Essa opção também resolve o problema.

Essa solução tem as vantagens de:

• Não ser preciso vigiar as idéias de ninguém.
• Passar a escolha sobre o que é "bom" e "ruim" para cada pessoa.

Veja que as duas soluções exigem que nós estejamos em todos os lugares: ou vigiando as idéias de todos, ou oferecendo as nossas idéias "boas" para todos.

Mesmo quem você esteja disposto a trocar um pouco da sua liberdade (porque as suas idéias também precisarão ser vigiadas) pelo fim das idéias "ruins", ainda existe o problema das crianças sem família ou escola competentes para ensinar as idéias "boas". Estamos assumindo que crianças não têm capacidade para decidir por elas mesmas o que são idéias "boas" e idéias "ruins".

Mas se nem a família nem a escola da criança são competentes para lhe dar essa direção, será que alguém será capaz de impedir o acesso dessa criança às idéias "ruins"? Se limparmos o orkut, sobra toda a internet; se limparmos a internet, ainda sobra a rua (já que a criança não tem o apoio necessário da família/escola).

A verdade é que uma criança onde tanto a família quanto a escola falhem está sozinha de qualquer forma: terá contato com idéias "ruins" e também não terá ninguém que lhe ofereça idéias "boas". Para essa criança, qualquer uma das soluções funciona e ambas têm a mesma eficiência.

Se as duas soluções têm a mesma eficiência, prefiro manter a minha liberdade de idéias, assim como a de todo mundo.

Esse é pra quem gostou do vídeo do sanduíche-íche: como a carreira de um bem sucedido apresentador holandês de televisão terminou abruptamente por excesso de, digamos, bom humor.



Agora imagine Adam Sandler no papel principal. Quem precisa de ficção quando se tem a realidade?

Não marque nada para o dia 12 de setembro: você não vai querer perder o início do holocausto nuclear, vai?

Com toda essa confusão do Ministério Público x Google/Orkut, hoje apareceu um aviso na página dos perfis:

"Um lembrete amigável: Nós todos amamos o orkut.com então nos ajude a deixá-lo limpo. Por favor use o serviço de forma responsável e seja proativo em reportar perfis e comunidades abusivas. Conteúdo ilegal não será tolerado e será removido."

Ok.

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Esses dias eu mandei um email pra TV Cultura perguntando se uma das participantes do Aprendiz 3 (a Paulinha) já tinha trabalhado lá, como repórter, como foi sugerido numa comunidade do Orkut. Uns dias depois, veio a resposta:

"Prezado Rubens,

Acusamos o recebimento de seu e-mail e agradecemos a sua participação e interesse em nossa programação.

Gostaríamos de esclarecer que o Setor de Atendimento é responsável por sanar dúvidas da programação desta emissora. Portanto, quanto a sua pergunta, infelizmente não sabemos lhe informar.

(bla bla bla)"

Rubens agradece.

O programa O Aprendiz, que nessa temporada começou sendo exibido aos domingos às 20:30h e às terças às 22:15h, mudou de horário, à la Sílvio Santos. No site da emissora, que apresenta problemas intermitentes, estão anunciando o programa às 20:30h e também que hoje o programa não será exibido (!), enquanto que no programa que era anterior ao Aprendiz foi anunciado que hoje este será apresentado às 22:30h.

Infelizmente a Record segue o (mau) exemplo de muitas das emissoras brasileiras, desrespeitando o telespectador que deixa de assistir a outros programas para acompanhar o seu preferido e acaba frustrado com mudanças de horário de última hora. Dizem que o próprio apresentador do programa, Roberto Justus, está insatisfeito com a edição dos episódios, que realmente está deixando a desejar.

Por isso, Record, você está demitida!

Perfil de candidatos a Câmara dos Deputados, para quem quer escolher o seu.

Aparentemente, a verdade dói. Vídeo do Pacto Mtv, campanha de conscientização sobre as eleições que nem tem nada sobre voto nulo mas serviu como uma grande carapuça em nossos prezados políticos.