24 outubro 2006

 

É...

Sabe quando você vê aquelas histórias de amor em novelas, em filmes, no teatro ou, perdoem-me a ousadia, nos livros? Aquelas cheias de açúcar, em que o mocinho e a mocinha estão lá, com suas vidinhas de sempre, sem saber o que vai acontecer e, de repente, sem motivo ou razão, se encontram. Nada muito grandioso, só um esbarrão inocente por aí, mas que deixa aquela sensação de "uhm....".

Quando menos se espera a sua vida está de cabeça pra baixo e ao mesmo tempo, no fundo, no fundo, não mudou muita coisa. Você continua o mesmo, continua fazendo as mesmas coisas, a mesma rotina, mas agora tudo parece meio diferente. Outra cor, outro cheiro, outra luz. Você fica meio aéreo, se emociona com as coisas mais triviais e sonha acordado sonhos malucos que parecem perfeitamente reais (você sabe que são sonhos, mas é tão bom...).

Quando menos se espera, percebe que não consegue mais viver sem aquela pessoa em que você esbarrou um dia qualquer, sem querer querendo, apesar de sempre ter achado que nunca ia acontecer com você. Apesar de sempre ter achado que isso de precisar de alguém é coisa de gente com baixa auto-estima. Ciúmes? Há! Eu não tenho ciúmes, esse sentimento tão antiquado, ultrapassado, tão, tão... romântico (em todos os sentidos). Até mesmo saudades não é comigo; eu que não dependo das pessoas, sou auto-suficiente e me bastam as lembranças boas... imagine!

Você começa a contar os minutos pra ver a pessoa de novo, pra ouvir a voz, só pra ter notícias, saber se está bem, se está feliz... Começa a gostar de coisas que nunca tiveram graça só porque lembram da pessoa. Como a cor do trigo, como o som dos passos do pequeno príncipe. Passos que são diferentes de todos os outros, únicos, especiais, insubstituíveis como a única rosa que agora habita esse pequeno-grande planetinha-planetóide-poeira-sideral.

E você continua, vivendo a sua vida de sempre, mas agora amando, amando infinitamente enquanto dure e desejando que dure infinitamente. Os pulmões não são mais suficientes para tantos suspiros, o coração não bate tão forte quanto esse amor merece e as palavras não são tão grandes e tantas e tão belas quanto seria preciso para explicar como é, ou para dizer o amor do jeito que ele deveria ser dito. Uma vida inteira que parece tão grande quando não se ama, uma vida inteira começa a ser pouco para tudo o que se quer fazer, tudo o que se quer amar.

Sabe quando você vê aquelas histórias de amor? Aquelas cheias de açúcar, em que o mocinho e a mocinha se encontram sem querer querendo, esbarrados pela mão do destino e unidos por um sentimento de familiaridade, de "eu já te conheço", de "eu não te conhecia mas já te amava". Nada muito grandioso, só um eu te amo inocente por aí, mas que teima em incluir um "muito muito muito" e um "pra sempre". Então... coisa de filme.

Ainda bem que às vezes a vida imita a arte.

PS: Espero que agora você esteja sorrindo, porque esse é especialmente pra você e só pra você. Amo! Amo! Amo!

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