26 setembro 2005
Cinza
Gosto do tempo frio de Curitiba. Se São Paulo é a cidade da garoa, Curitiba é a cidade do frio e da chuva torrencial que dura o dia inteiro. Curitiba é cinza. Cinza com verde. Talvez mais verde que cinza, não que isso faça muita diferença.
Não tem nada que se compare a um final de dia nublado – cinza – em Curitiba. Com a chuva, escurece antes, as luzes da cidade acendem antes. Chuva sobre luzes. Cinza com amarelo, ou alaranjado, ou âmbar (gente chique é outra coisa).
Não que Curitiba seja só cinza, é claro. Além do verde, do amarelo (ou alaranjado, ou âmbar, já falei), também tem o branco e preto das calçadas onde ninguém consegue andar. O bege sujo e sem graça dos prédios do centro. O marron dos bancos das praças e parques (muitos; todo bom Curitibano não conheçe todos). O cinza escuro (chumbo? grafite? sei lá) dos capotes que usam na XV, quando está frio. As cores sortidas dos ônibus (todo mundo tem a sua linha preferida).
Também tem as cores do por do sol. Foi em Curitiba que eu aprendi a gostar do por do sol. O nascer eu quase nunca vejo, ou estou dormindo ou muito cansado para prestar atenção. Mas o por do sol... Na primavera e no outono, o sol parece que fica maior, alaranjado (não como âmbar, mais como uma laranja mesmo), quase vermelho. De um lado, todas as cores do vermelho até o azul claro. Do outro, um azul mais profundo, escuro (misterioso?). Às vezes, estrelas e a lua dividem o céu, democraticamente. Por do sol na reitoria (seria o 5º andar? o 7º? já perdi a esperança de lembrar), enquanto esperava a aula de russo (sim, russo!). Podia ver boa parte do centro, os carros engarrafados lá em baixo, com suas luzes vermelhas e brancas (e amarelas), o Passeio Público e as formigas correndo para casa lá em baixo. Bons tempos.
Enfim, dizem que textos da internet têm que ser curtos, e esse já passou da medida.
Ao som de Offer, Alanis Morissete.
Não tem nada que se compare a um final de dia nublado – cinza – em Curitiba. Com a chuva, escurece antes, as luzes da cidade acendem antes. Chuva sobre luzes. Cinza com amarelo, ou alaranjado, ou âmbar (gente chique é outra coisa).
Não que Curitiba seja só cinza, é claro. Além do verde, do amarelo (ou alaranjado, ou âmbar, já falei), também tem o branco e preto das calçadas onde ninguém consegue andar. O bege sujo e sem graça dos prédios do centro. O marron dos bancos das praças e parques (muitos; todo bom Curitibano não conheçe todos). O cinza escuro (chumbo? grafite? sei lá) dos capotes que usam na XV, quando está frio. As cores sortidas dos ônibus (todo mundo tem a sua linha preferida).
Também tem as cores do por do sol. Foi em Curitiba que eu aprendi a gostar do por do sol. O nascer eu quase nunca vejo, ou estou dormindo ou muito cansado para prestar atenção. Mas o por do sol... Na primavera e no outono, o sol parece que fica maior, alaranjado (não como âmbar, mais como uma laranja mesmo), quase vermelho. De um lado, todas as cores do vermelho até o azul claro. Do outro, um azul mais profundo, escuro (misterioso?). Às vezes, estrelas e a lua dividem o céu, democraticamente. Por do sol na reitoria (seria o 5º andar? o 7º? já perdi a esperança de lembrar), enquanto esperava a aula de russo (sim, russo!). Podia ver boa parte do centro, os carros engarrafados lá em baixo, com suas luzes vermelhas e brancas (e amarelas), o Passeio Público e as formigas correndo para casa lá em baixo. Bons tempos.
Enfim, dizem que textos da internet têm que ser curtos, e esse já passou da medida.
Ao som de Offer, Alanis Morissete.
Comments:
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Texto apaixonado é outra coisa... sudadi? Hoje o dia foi como sua descrição, frio, cinza, chuvoso e bem Curitibano, não troco por nada...
Sim! Tua descrição de Curitiba foi perfeita.
E, apesar de ser ruim, sinto saudades do tempo que eu trabalhava no centro e podia me confundir entre as formigas das calçadas. Quem sabe um dia novamente. So me restam lembranças...
Abraço meu guri!
E, apesar de ser ruim, sinto saudades do tempo que eu trabalhava no centro e podia me confundir entre as formigas das calçadas. Quem sabe um dia novamente. So me restam lembranças...
Abraço meu guri!
Curitiba: capital mundial da nuvem cinza! UIUIUIUIUI prefiro um solzinho...
Mas, pela descrição, até que Curitiba ficou melhor do que é com essas chuvas intermináveis...
Texto bem lindinho!
Mas, pela descrição, até que Curitiba ficou melhor do que é com essas chuvas intermináveis...
Texto bem lindinho!
Gosta do céu âmbar porque não conhece o céu realmente preto do interioR do Paraná, onde não chega essa maldita luz laranja que deixa tudo com cara de festa rave. E sol refletindo a terra vermelha, nao inventaram ainda uma cor pra definir.
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