16 junho 2005
Achologia
Eu ia escrever alguma coisa aqui falando mal da numerologia. Ia, porque eu percebi que estava distorcendo resultados ao meu favor, assim como podia estar distorcendo para defender a numerologia. Por mais que eu não goste, tenho que admitir que também não posso refutar a numerologia e a astrologia pelo simples fato delas usarem relações aparentemente arbitrárias entre fenômenos humanos e não humanos.
A astrologia assume que a posição dos corpos celestes influi no comportamento humano. Não dá para alegar que os planetas e as estrelas não podem influenciar os fenômenos terrestres, já que temos as marés para provar que é possível. Ao mesmo tempo, é difícil acreditar que os planetas dividam tão perfeitamente os aspectos da personalidade humana. Marte para motivação e mobilização, Mercúrio para pensamento e comunicação e por aí vai.
Isso tudo só faz algum sentido se esquecermos os significados místicos dos planetas por um momento. Ficando só na astronomia, sabemos que os planetas realizam muitos movimentos cíclicos além da rotação e da translação. É possível que configurações específicas de planetas tenham efeitos pequenos mas não desprezíveis sobre reações químicas complexas como a duplicação do DNA e transmissões de sinais entre neurônios. Também é possível que se possa relacionar os movimentos dos planetas com ciclos terrestres como as estações, as glaciações e sabe-se lá o que mais. Não dá para negar que uma era glacial tem grandes efeitos sobre o temperamento das pessoas.
Até mesmo a numerologia, com a utilização de somas de dígitos na aparentemente arbitrária base 10 pode ter algum sentido. Apesar de tudo, temos 10 dedos nas mãos. É possível que exista alguma relação remota entre as letras do nosso nome (que atualmente, alfabetizados, escrevemos algumas milhares de vezes ao longo da vida), dígitos na base 10 e nosso comportamento. Talvez a mesma coisa ocorra com nossa data de nascimento.
É melhor eu parar aqui, antes que isso vire minha tese de mestrado.
Só sei que nada sei.
A astrologia assume que a posição dos corpos celestes influi no comportamento humano. Não dá para alegar que os planetas e as estrelas não podem influenciar os fenômenos terrestres, já que temos as marés para provar que é possível. Ao mesmo tempo, é difícil acreditar que os planetas dividam tão perfeitamente os aspectos da personalidade humana. Marte para motivação e mobilização, Mercúrio para pensamento e comunicação e por aí vai.
Isso tudo só faz algum sentido se esquecermos os significados místicos dos planetas por um momento. Ficando só na astronomia, sabemos que os planetas realizam muitos movimentos cíclicos além da rotação e da translação. É possível que configurações específicas de planetas tenham efeitos pequenos mas não desprezíveis sobre reações químicas complexas como a duplicação do DNA e transmissões de sinais entre neurônios. Também é possível que se possa relacionar os movimentos dos planetas com ciclos terrestres como as estações, as glaciações e sabe-se lá o que mais. Não dá para negar que uma era glacial tem grandes efeitos sobre o temperamento das pessoas.
Até mesmo a numerologia, com a utilização de somas de dígitos na aparentemente arbitrária base 10 pode ter algum sentido. Apesar de tudo, temos 10 dedos nas mãos. É possível que exista alguma relação remota entre as letras do nosso nome (que atualmente, alfabetizados, escrevemos algumas milhares de vezes ao longo da vida), dígitos na base 10 e nosso comportamento. Talvez a mesma coisa ocorra com nossa data de nascimento.
É melhor eu parar aqui, antes que isso vire minha tese de mestrado.
Só sei que nada sei.
